Sunday, February 25, 2007

 

Olavo estava certo?

Editorial do JT de hoje:

"MST-CUT, um consórcio contra a lei

Ainda há brasileiros ingênuos que acreditam que o objetivo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) é forçar o governo federal a ampliar os limites da reforma agrária no Brasil, liberando terras improdutivas para aumentar a produção de alimentos. Da mesma forma, é reconhecida como pública e notória a condição de “braço sindical” do Partido dos Trabalhadores (PT), no governo, assumida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A parceria entre as duas entidades foi ensaiada há algum tempo e realizada no último Carnaval, com a invasão de 13 fazendas nas regiões do Pontal do Paranapanema e da Alta Paulista, e, ao que parece, não teve o condão de modificar esse dogma de fé. Mas deveria! Pois, se o MST, entidade fora da lei, mais uma vez agiu ao arrepio da ordem jurídica vigente deixando clara sua disposição de desafiar o Estado de Direito, negando-se a participar do debate democrático, este até agora não era o caso da parceira: ao contrário dele, a CUT é entidade sindical importante e inserida no contexto legal, respondendo, portanto, seus membros por seus atos perante a Justiça.

É pública e notória a covardia com que as autoridades têm reagido aos desafios lançados em altos brados pelo bando de desocupados, que se dizem sem-terra, como poderiam se definir como sem qualquer outra coisa, liderados por revolucionários interessados apenas em desmoralizar e sabotar a democracia. Não se trata de novidade petista, pois remonta aos governos anteriores, entre eles os dois de Fernando Henrique, do PSDB. Mas as autoridades federais ainda não haviam sido confrontadas com um consórcio do tipo, reunindo uma entidade legal e legítima com outra que, por se pôr fora da lei, é tratada como se fosse inimputável, ou seja, além do alcance dela.

O apoio da direção nacional da CUT à invasão do Carnaval, condenada pela coordenação regional de Presidente Prudente e posta fora da lei pela Justiça, deixa claro que tal associação não resultou da irresponsabilidade pontual de algum grupo de militantes, mas de uma linha política combinada e programada. É significativo que o governo e o partido do presidente se tenham eximido de tomar posição a respeito em defesa da democracia que proclamam praticar. Nunca antes essa ambigüidade fora exposta assim."


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